Um cientista (Bruno Lawrence) acorda de seu sono pela manhã, e descobre estar completamente sozinho no planeta.
Baseado no livro Craig Harrison, TERRA TRANQUILA mantém a mesma premissa do livro, mas muda praticamente todo o restante. Não que o livro fosse tão bom ao ponto de não ser necessário mudar nada, mas a versão em celuloide da história é ruim de doer. E por incrível que pareça, ela começa até que muito bem, e mantém o ritmo por exatos 30 minutos. E são exatamente os 30 minutos em que o personagem principal, o cientista Zac Hobson, descobre-se sozinho no planeta, e tenta sobreviver sem enlouquecer devido ao isolamento extremo. São sequências que mostram ao mesmo tempo a genialidade do cientista, disposto a tornar o ambiente ao seu redor mais habitável, e também o colapso de sua mente tentando lidar com a solidão. Ambientado na Austrália, o filme tem interessantes sequências em que as avenidas são mostradas totalmente vazias, semelhantes às sequências iniciais de EU SOU A LENDA com Will Smith, muitos anos depois. O filme, de 1985, padece (é claro) de melhores efeitos-especiais. Mesmo para um filme de um ano onde a tecnologia ainda deixava muito à desejar, os efeitos-visuais do filme são risíveis, e comprometem o resultado final. Mas o que mais compromete o filme é a entrada de dois personagens na história: Uma moça e um ex-militar. Um pior do que o outro. A moça, interpretada por Alison Routledge, é insuportável, e nos faz desejar que o personagem do cientista voltasse a ficar sozinho no planeta outra vez. O ex-militar, interpretado por Pete Smith, consegue ser ainda pior. Mas aí não tinha mais volta. O filme sai totalmente dos trilhos e se transforma em um verdadeiro desastre. O final, que tenta ser o mais científico possível só consegue ser uma coisa: Risível. Assim como o resultado final deste filme que desperdiça sua boa meia hora inicial. A direção deste desastre é de Geoff Murphy, de bons títulos no currículo, como o faroeste JOVEM DEMAIS PARA MORRER e A FORÇA EM ALERTA 2.
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Gallo Movies 