DREDD

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7.5Em uma cidade futurista e violenta, onde a polícia tem a autoridade de agir como juiz, júri e executor, o policial Dredd (Karl Urban) e uma oficial em treinamento entram em rota de colisão com uma gangue responsável pelo tráfico de uma perigosa droga que altera a realidade, chamada SLO-MO.

Baseado nos quadrinhos ultra-violentos de John Wagner e Carlos Ezquerra, DREDD é a segunda adaptação para o cinema do herói Juiz Dredd. Se a primeira versão, com o astro Sylvester Stallone, primava por uma atmosfera mais leve e distante dos quadrinhos, até por ter um astro de primeiro quilate no papel de protagonista, esta adaptação é a encarnação perfeita do clima seco e ultra-violento dos quadrinhos. O roteiro do bom Alex Garland (EXTERMÍNIO, NÃO ME ABANDONE JAMAIS) é direto e reto, assim como seu protagonista, o que faz com que a curta duração do filme seja justificada. Nem um minuto do filme sequer é desperdiçado com algum tipo de sentimentalismo, ou qualquer outro tipo de enrolação. Porém, acho que por incrível que pareça, faltou um pouco de ação. Há muitas interrupções longas entre um momento de tensão e outro, o que quebra um pouco o ritmo do filme. No elenco, Karl Urban (O Éomer da saga O SENHOR DOS ANÉIS, e o Dr. McCoy da nova franquia de STAR TREK) fez um ótimo trabalho na construção de um personagem que não remove o capacete nenhuma vez durante o filme, carregando tudo na voz e nos bons movimentos de corpo na hora da ação. Sua presença é imponente como o herói merece. Lena Headey (a Sarah Connor da série THE SARAH CONNOR CHRONICLES), mais uma vez interpreta o pepal da mulher durona, e constrói uma vilã realmente perigosa. Headey é uma espécie de Linda Hamilton dos anos 2000, sempre com papéis que ressaltam a parte corajosa dos personagens femininos. E um destaque inesperado do filme, veio no personagem da oficial em treinamento Anderson, interpretada de maneira surpreendentemente sóbria pela bela Olivia Thirlby (JUNO, A HORA DA ESCURIDÃO). Geralmente, em filmes como DREDD, o papel do coadjuvante/parceiro do herói principal, sempre é voltado para a comédia, ou alívio cômico (na versão com Stallone por exemplo, esse papel ficou com o comediante Rob Schneider), mas aqui, Thirlby nos apresenta uma personagem de poucas palavras, e muita ação. O contra-ponto entre Dredd e a trainee Anderson é um dos pontos fortes do filme. Outra ponto bem explorado pelo filme, foi o excelente design de produção, mostrando a metrópole Mega City 1 da maneira futurista, suja e corrupta, exatamente como nos quadrinhos. Dredd é um bom filme de ação, violento e direto ao assunto, com um ótimo par de protagonistas. Infelizmente, esta versão foi um desastre nas bilheterias, o que torna a possibilidade de uma sequência, uma possibilidade bem remota.

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